Na vila de Nelas, destacam-se a Casa da Família Bigotte (séc. XVII) e a Casa de Tavares (séc. XVI), rodeada de um belíssimo jardim adjacente, cujo acesso é efetuado através do seu magnífico portão rematado com lavoures de inspiração manuelina.

Em Aguieira, prosseguindo o itinerário dos solares e casas solarengas, vamos encontrar o Solar da Família Sacadura Botte, cuja construção primitiva terá ocorrido no século XVI/XVII. O imóvel possui uma singela capela anexa, bem como várias dependências que nos fazem lembrar uma época marcadamente rural.

Já em Santar é possível vislumbrar um vasto conjunto de construções solarengas, cujas edificações conservam os seus traços originais de uma arquitetura bem ao gosto da época. Destacam-se o Solar do Soito (séc. XVIII), que se insere no estilo Rococó, sendo envolvido por um magnífico jardim e frondosa quinta murada. Por seu lado, o Solar dos Condes de Santar (séculos XVII/XVIII) testemunha vivamente o passado senhorial desta vila, possuindo, de igual modo, um deslumbrante jardim a partir do seu alçado posterior virado a nascente. O primitivo edifício é do século XVII, com capela anexa, que tem no seu interior um retábulo de feição maneirista. O alçado norte foi ampliado no século XVIII, constituindo uma fachada tipicamente barroca. O património histórico-urbanístico prossegue um pouco por todo lado nesta vila de Santar, podendo admirar-se ainda, por entre ruas e ruelas de pavimentação em granito, que fazem lembrar tempos medievais, o antigo Paço dos Cunhas e a Casa das Fidalgas, propriedade e residência de campo de D. Miguel de Bragança. Trata-se de uma construção de sóbria e singela arquitetura que terá sido edificada nos finais do século XVIII, ficando localizada nas proximidades da Igreja de São Pedro de Santar.

Já em Senhorim, o destaque é dado ao magnífico solar dos Senas (séc. XVII), cujo imóvel não deixará de constituir o melhor símbolo e testemunho histórico-social daquela época.

Em Vilar Seco, outra povoação muito antiga, temos o solar dos Condes de Prime (séc. XVII), o Solar dos Condes de Vilar Seco (séc. XVIII) e o Solar da família Álvaro de Albuquerque, cujo edifício remonta ao século XVII.

Outra povoação muito antiga é a vila de Canas de Senhorim, cujo património histórico-urbanístico testemunha bem o seu passado medievo e senhorial, destacando-se mesmo em frente ao cruzeiro, o solar do Visconde de Pedralva, emoldurado por um exuberante jardim com árvores centenárias. Do mesmo modo, frente a este, em plena rua Keil do Amaral, comunga da mesma beleza arquitetónica a Casa do Cruzeiro, com a sua belíssima sacada, que lhe confere uma evidente riqueza artística. O mesmo figurino artístico prossegue nessa rua, destacando-se a antiga Casa da Família Madeira Lobo e a antiga Casa do Filho do Visconde de Pedralva (Família Keil do Amaral). Idêntica linguagem artística prossegue até ao Solar da Família Abreu Madeira, que inclui a Capela da Nossa Senhora da Conceição e, do lado oposto, a torre de inspiração senhorial, cujo conjunto nobre e majestoso confere a todo o espaço grande beleza arquitetónica.

Uma grande viagem que prossegue pelo século XIX, centúria onde é fundado o concelho de Nelas, precisamente em 1852. Do século XIX e XX, existem igualmente variadíssimos pontos de interesse patrimonial arquitetónico, histórico e arqueológico, como o edifício da Câmara Municipal de Nelas, outrora Quartel do Regimento de Cavalaria Nº 7 (1912-1926), o Balneário Termal e Grande Hotel das Caldas da Felgueira, o Complexo Habitacional e Minas da Urgeiriça e a Estátua ao Escanção.